Terror em Garanhuns – Parte II
Já haviam passado 10 anos desde que acontecera uma onda de assassinatos. Apesar das perdas, tudo estava normal agora, talvez não! Outra vez, coisas estranhas estavam à acontecer.
Num momento de intervalo ao ar livre do presídio, exatamente numa tarde ensolarada de julho, com poucas nuvens, acaba sendo interrompida com rostos confusos, pessoas confusas, que por sua vez encaram pasmas, o seu colega Pedro Cunha (condenado por uma série de assassinatos). Uma bomba amarrada junto a ele, com uma expressão enigmática, sua boca costurada e seus olhos levemente parados. Todos surpreendidos chegaram ao ponto de ter de tomar qualquer providência cabível / necessária.
Um minuto de silêncio, seguido por um estrondo. Esforços em vão. O incidente trouxe consigo várias vítimas. A temporada de luto voltara a reinar sobre Garanhuns.
Como juramento, estava em sua hora de desvendar esse caso polêmico .
Armadilhas. Imitações baratas dos crimes ocorridos 10 anos antes. O que os peritos encontravam, pareciam pistas falsas. Era como se alguém os quisesse fora do caminho. Mas mais uma vez, a perita se prende aos detalhes nas fotos. Peças – chave surgem.
Por outro lado, o causador da desordem percebe o quão perto a polícia está de pegá-lo. Ele sabe quem é o cérebro da operação e não vai deixar por menos.
26 horas depois, nos jornais e na rádio, o desaparecimento de Nathália é anunciado. Agora sim o pânico se instalara em Garanhuns !
As buscas não param. Na varredura à pente fino, encontram alguns casebres abandonados. E ai, quente ou frio ?
Outras mortes surgem, mas a polícia não descansa.
Movimentação num lugar abandonado. QUENTE ! Depois de muito bater de cabeça, parece que iam pegar dois coelhos com uma cajadada só. Se a teoria de o sequestrador ser o mesmo serial killer estiver correta, é claro .
Os policiais invadem a casa com cautela.
A garota está amarrada e amordaçada num canto da sala, sentada no chão, encostada na parede. Mas espera ai ! É o marido dela vindo da cozinha? É ele mesmo !
Mesmo com a surpresa, ele não se viu impedido de fugir. Pela porta dos fundos, saiu correndo porta a fora, se embrenhando no mato, conseguiu despistar a todos.
A notícia era bombástica ! Os jornais vendiam mais que bala na vendinha. A perita foi afastada do caso por estar envolvida como vítima.
Dias depois, Ricardo Andrade (esposo) é encontrado no mesmo lugar onde o padre Antônio fora executado. Um tiro na boca e uma carta no bolso.
‘ – O meu nome deveria ser Ricardo Andrade Lopez. Mas por causa das regras da sociedade meu pai não pôde me assumir. É, sou filho do padre Antônio Lopez. Queria ter vingado a morte do meu pai antes. Querida, eu queria não ter sido descoberto.
Quando eu soube quem tinha me deixado órfão, não pude me conter. Eu não podia deixar isso pra lá, não era justo !
Nathália, te peço perdão. No começo, me aproximei por interesse. Precisava saber o que acontecia dentro das investigações, era parte do plano. Mas com o tempo, me apeguei a você. Talvez tenha marcado sua carreira, mas não me culpe minha rosa branca! Eu precisava, eu devia isso ao meu pai.
Ricardo Andrade Lopez. ‘ . Elóra M. Pereira